Nesse contexto em que tanto falamos sobre vacinação, nada melhor do que reforçar a sua importância e compartilhar informações seguras para a saúde de todos.
Muita gente não sabe, mas existe um problema com grande manifestação na pele e pode ser evitado por meio da imunização: o herpes zóster, também chamado popularmente de cobreiro.
O QUE É HERPES ZÓSTER?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM), essa é uma doença provocada pela reativação do vírus varicela zóster (VZV) ou herpesvírus humano tipo 3, o mesmo da catapora, que permanece latente no nosso organismo desde a infância até que aconteça uma queda na imunidade.
Em geral, o processo de reativação do vírus acontece pelo envelhecimento natural, em longos episódios de estresse ou diante de uma outra doença que comprometa o sistema imune, como a AIDS e o câncer.
É importante ressaltar que o herpes zóster ou cobreiro não tem nada a ver com herpes genital e labial. Essas duas são infecções sexualmente transmissíveis e provocadas por outro vírus, o herpes simples.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS?
Quando o vírus é reativado, a dor se torna o sintoma mais frequente e incômodo, e pode aparecer antes dos outros sintomas. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o cobreiro se manifesta por:
Lesões lineares na parte lateral do corpo, tronco, face e membros;
Vermelhidão;
Coceira;
Formação de bolhas;
Formigamento;
Febre.
COMO FUNCIONA A VACINAÇÃO?
De acordo com a SBIM, a imunização contra herpes zóster está licenciada para pessoas com 50 anos ou mais e deve fazer parte da rotina de quem tem mais de 60 anos. Como eu já mencionei, o envelhecimento natural do sistema nervoso faz com que as reativações sejam mais comuns na terceira idade.
A vacina é composta por versões atenuadas (enfraquecidas) do vírus varicela zóster (VZV) e deve ser aplicada em uma única dose. Ela não é recomendada para gestantes, imunodeprimidos, pessoas com tuberculose ativa não tratada e alérgicos a qualquer componente do produto.
Vale a pena destacar que essa vacina já passou por muitos estudos. Ela tem eficácia de aproximadamente 60% contra o surgimento da doença e de 70% contra a dor crônica. A imunização contra a catapora na infância também pode ajudar.
COMO TRATAR?
A Academia Americana de Dermatologia recomenda que todos os pacientes com uma manifestação do cobreiro procurem um atendimento médico o quanto antes. Dessa forma, um profissional pode ajudar a controlar o avanço das lesões e evitar complicações mais sérias, como quando ela surge na região da face e traz riscos para a visão.
Em geral, recomenda-se tomar analgésicos e antivirais desde os primeiros dias e primeiros sintomas da doença.
Caso tenha alguma dúvida sobre esse ou qualquer outro assunto, lembre-se que estou à disposição. Podemos agendar um horário no meu consultório pelo telefone (34) 3217-8394 ou WhatsApp (34) 99317-8394.
Dra. Monique Naves
CRM MG 57040 RQE 45099⠀
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