As acnes costumam dar as caras no início da puberdade e, em alguns casos, nos acompanhar ao longo da vida adulta. Em geral, isso acontece por questões hormonais, ambientais ou até mesmo de ordem psicológica.
É interessante destacar que, de certa forma, todo mundo está sujeito a sofrer com esse incômodo, entretanto algumas descobertas científicas já nos mostram que, entre as mulheres, a queixa pode ser ainda mais comum.
O QUE É, DE FATO, A ACNE?
Conhecida popularmente como “cravo” ou “espinha”, as acnes são definidas pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) como um processo inflamatório das glândulas sebáceas (produtoras de sebo) e dos folículos pilossebáceos.
Um quadro de acne pode se manifestar em diferentes níveis de intensidade, sendo que os mais frequentes têm comedões (cravos), pápulas (lesões sólidas e duras) e pústulas (com pus). Quando surge um nódulo ainda mais inflamado e profundo, o paciente sente mais dores e fica com mais cicatrizes após a recuperação.
Quem está “de fora” só costuma notar os detalhes estéticos, mas a verdade é que as acnes, na prática, também podem desencadear queixas emocionais ligadas à autoestima e aos sentimentos de vergonha, timidez e insegurança. É por esses e outros motivos que o tratamento deve ser encorajado desde o início.
E POR QUE ELA APARECE?
A SBD destaca que os principais fatores ligados ao surgimento das acnes na puberdade são as mudanças nos hormônios, tanto em meninos quanto em meninas. E diferentemente do que as pessoas pensam, esse problema não é contagioso e nem se relaciona a qualquer tipo de “sujeira” na pele ou no sangue.
Vale lembrar que, com o passar dos anos, outros fatores podem desencadear uma crise ou intensificar as lesões. Aqui, podemos destacar as situações de estresse, alterações hormonais no período menstrual, ingestão prolongada de certos tipos de medicamentos, excesso de sol e má alimentação (rica em gordura).
AS MULHERES REALMENTE SÃO MAIS AFETADAS?
Ao que tudo indica, sim!
Um estudo da Universidade do Alabama, nos Estados Unidos, se dedicou a analisar a prevalência de acne em um grupo aleatório de 1.013 adultos com 20 anos ou mais. Após aplicar um questionário para cada participante, os pesquisadores chegaram aos seguintes dados:
Entre todos os participantes, 73,3% já haviam enfrentado a acne em algum momento da vida.
Na adolescência, a incidência de acne foi bem parecida: 68,5% dos homens e 66,8% das mulheres.
Curiosamente, os resultados mostraram que a grande diferença entre os gêneros estava na vida adulta.
Na faixa dos 20 anos, a acne esteve presente em 50,9% das mulheres e 42,5% dos homens.
Nos 30 anos, a incidência foi de 35,2% em mulheres e 20,1% nos homens.
Nos 40 anos, a incidência foi de 26,3% em mulheres e 12% nos homens.
Já aos 50 ou mais, os números caíram para 15,3% nas mulheres e 7,3% nos homens.
Se você está se perguntando porque a acne adulta realmente é mais comum em mulheres, existe um outro dado que pode ajudar na explicação: 62,2% das participantes do sexo feminino disseram que o quadro começa ou piora durante o período menstrual. Isso ocorre tanto pelo lado hormonal quanto pelo emocional, uma vez que essa fase tende a ser mais estressante para nós.
Independentemente da idade, gravidade ou incômodo por trás das acnes, é fundamental que todo mundo consulte uma dermatologista. Existem formas de controlar as causas, atenuar os sintomas e até mesmo de lidar com as cicatrizes pós-recuperação.
Caso tenha alguma dúvida sobre esse ou qualquer outro assunto, lembre-se que eu estou aqui para ajudar. Podemos agendar um horário no meu consultório pelo telefone (34) 3217-8394 ou WhatsApp (34) 99317-8394.
Dra. Monique Naves
CRM MG 57040 RQE 45099⠀
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